Cos d’Estournel
Os visitantes de Cos d'Estournel são de imediato surpreendidos pelas caves, ao estilo pagode, que foram construídas por Louis-Gaspard d'Estournel, no século XIX. O seu fascínio pela Índia, levou à exportação dos vinhos de Cos d'Estournel para o subcontinente e também inspirou a extraordinária estética do château, que combina gárgulas com floreados de arquitetura oriental e portas palacianas esculpidas, provenientes de Zanzibar.
Para além de expandir os limites do design da adega do século XIX, o pioneiro Louis-Gaspard foi um dos primeiros a engarrafar, rotular e vender os vinhos do seu château. Tal era a qualidade dos vinhos da Cos d'Estournel que, dois anos após a morte de Louis-Gaspard, o château foi reconhecido como uma Second Growth na lendária Classificação de 1855.
O atual proprietário do château, o empresário francês Michel Reybier, tem investido muito na modernização da adega e dos vinhedos, nos últimos anos. Atualmente, Cos d'Estournel é considerada como a melhor herdade na denominação de Saint-Estèphe. Os seus vinhos são frequentemente comparados ao château de alta qualidade na denominação vizinha de Pauillac, que alberga três das cinco herdades de Premier Cru, de Bordéus.
No dialeto Gascão, “cos” traduz-se como “monte de seixos”, que é uma descrição adequada do solo da herdade. Os 91 hectares de vinhedos da Cos d'Estournel estão divididos entre solos saibrosos que se adequam bem ao Cabernet Sauvignon, juntamente com áreas menores de argila onde o Merlot prospera.
O principal vinho do château, o Cos d'Estournel, tem normalmente uma grande abundância de fruta escura apimentada, juntamente com taninos musculados e uma estrutura sólida. Embora o Cabernet Sauvignon seja o ingrediente principal da mescla, a proporção relativamente elevada de Merlot confere uma suavidade e opulência características ao palato.
Cos d'Estournel recebe, com regularidade, críticas excecionais de críticos de vinho internacionais; a colheita de 2016 foi premiada com uma pontuação perfeita de 100 pontos, por James Suckling, Neal Martin, e Lisa Perrotti-Brown da Wine Advocate. Trata-se de um vinho que é produzido para envelhecer, o que faz dele um íman para colecionadores e investidores de vinho. Em colheitas excecionais pode presumir-se que Cos d'Estournel envelheça durante meio século e, não é raro que os vinhos permaneçam cheios de vida, um século após a vindima.